Nossa devoção ao Sagrado Coração de Jesus
O mês de junho é dedicado, na Igreja, ao Sagrado Coração de Jesus, pois, celebramos sua solenidade, e também o Imaculado Coração de Maria. É um tempo especial da graça de Deus. Já tivemos oportunidade, neste jornal Voz da Padroeira, de falar da encíclica do Papa Francisco sobre o coração de Jesus: Dilexit nos (Amou-nos). Trata-se do amor profundo de Deus por nós. Eu já li e reli algumas partes, e também motivei a todos de nossa comunidade paroquial, sobretudo, o Apostolado da Oração, a ter contato com este texto precioso, que é a quarta encíclica do nosso querido Papa Francisco, que fez sua Páscoa definitiva, na oitava do tempo pascal deste ano do jubileu da esperança.
Entendemos que o objetivo principal da encíclica é que os cristãos olhem para Cristo, como o grande ‘cardiologista’ que tem um grande coração, mas que, também, e sobretudo, tem uma grande capacidade de tratar corações. Quando temos algum problema cardíaco, buscamos os especialistas desta ciência médica, tão importante. No texto, o Pontífice fala que o mundo atual, em muitos aspectos, parece, ter perdido o coração. E quando estamos padecendo destas doenças, buscamos ajuda. Talvez os problemas “cardíacos” da sociedade contemporânea, seja, muita injustiça, muita fome, muita violência, muita guerra, muita desigualdade, também muito afastamento de Deus, que é o ‘cardiologista’ por excelência.
E os valores que estão faltando no mundo atual, isto é, as virtudes – segundo o Papa, segundo esta encíclica – resultam de alguma incapacidade que as pessoas têm demonstrado em olhar para Deus como a fonte do amor e, por isso, o ‘Amou-nos!’ remete para o essencial da vida, para o essencial da humanidade, para o essencial da Igreja: a urgência de amar, pois Cristo disse: ‘como o Pai me amou, Eu também vos amei e vocês serão meus amigos se vos amardes uns aos outros como irmãos’. Esta é a mensagem para um mundo que tem problemas ‘cardíacos’, ou seja, tem alguma dificuldade de amar: a solução está na fonte, o Coração de Jesus e, por isso, é necessário olhar para este coração transpassado, para este Deus que se oferece, que se dá pela vida dos outros e torna-se urgente aumentar os índices de amor na humanidade.
A encíclica acaba por resumir as grandes linhas do pensamento do Papa Francisco: a misericórdia, a ternura, a escuta dos outros, a atenção a quem é pequenino, a gratuidade, generosidade, partilha e verdadeira fraternidade.